Vitória da Conquista é palco da final baiana de xadrez adaptado

Vitória da Conquista se tornou, neste final de semana, entre os dias 5 e 7, o centro do xadrez inclusivo na Bahia, ao sediar a final do Campeonato Baiano de Xadrez, que reuniu enxadristas com deficiência visual de Poções, Jequié, Barrocas, Vitória da Conquista e Salvador. O evento foi promovido pela Associação Paraesportiva do Interior da Bahia (APIB), no Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima, em parceria com o Governo do Estado da Bahia em conjunto com a Prefeitura local.

Presidente da APIB Joselito dos Santos Souza sorri durante evento.
foto: Marcelo Bahiano
O presidente da APIB, Joselito dos Santos Souza, destacou o propósito da escolha do interior como sede e o trabalho desenvolvido pela instituição:
“No caso, esse evento acontece todos os anos; ano passado foi em Salvador, e este ano, com o intuito de fomentar o xadrez no interior da Bahia, nós trouxemos essa etapa para Vitória da Conquista. A APIB vem trabalhando no sentido de permitir que as pessoas com deficiência tenham oportunidade de praticar modalidades esportivas. Além do xadrez adaptado, nós temos o basquete em cadeira de rodas, a natação, a bocha paralímpica, o atletismo, dentre outras oficinas que realizamos ao longo do ano. Hoje contamos com a sede geral em Jequié e um núcleo já estabelecido em Vitória da Conquista.”
As partidas evidenciaram mais do que técnica: revelaram histórias de convivência, aprendizado e autonomia. Para os enxadristas com deficiência visual, a competição foi um espaço de integração, visibilidade e valorização de talentos.
Vice-prefeito Dr. Alan, de Vitória da Conquista, prestigia o evento.
foto: Marcelo Bahiano
O vice-prefeito de Vitória da Conquista, Dr. Alan, também destacou a relevância da iniciativa e a parceria do município com o evento:
“Para a gente do município é um privilégio participar e colaborar com um evento desse, de inclusão. Ficamos muito felizes ao presenciar pessoalmente o desenvolvimento da prática do xadrez por pessoas com deficiência visual. É um chamado para todos — tanto para os deficientes quanto para os que não são deficientes. Muitas pessoas têm dificuldade em aprender e jogar xadrez, e para mim foi realmente uma surpresa e uma alegria. Nós incentivamos: a Prefeita Sheila Lemos, o secretário de Esporte Chico Estrela e eu, doutor Alan, somos parceiros da associação de xadrez. Conte sempre conosco.”
Ao longo das disputas, ficava claro que o xadrez atua como instrumento poderoso de inclusão, estimulando raciocínio lógico, concentração, percepção tátil e relações sociais entre os participantes. Cada lance simbolizava conquistas que se estendem para além do tabuleiro.
Sagrou-se campeão absoluto da categoria Cleidilan Coelho, de Poções; o vice-campeão foi Jefferson Lisboa Teles, de Salvador, e o terceiro lugar ficou com Joselito dos Santos Souza, representante de Jequié. No feminino, a campeã foi Cláudia de Lima Santana, seguida por Glaucia Teixeira, de Salvador, que conquistou a segunda colocação, enquanto Selma Calazans, também de Salvador, ficou em terceiro lugar.
O campeonato demonstrou que, quando espaços inclusivos são criados, talentos emergem — e o xadrez se confirma como ferramenta capaz de integrar, inspirar e transformar vidas.

Fonte: acessibilidade 360